A descoberta do chá está envolta em vários mitos e lendas. O primeiro relato escrito que faz referência ao chá remonta a 3000 a.C, embora seu uso tenha se dado muito antes dessa data, sem dúvidas.
Conforme um dos mitos mais famosos sobre a origem do chá, o Imperador Chinês Shen Nung acreditava que ferver a água antes de bebê-la era a chave para uma boa saúde. Quando seus empregados estavam fervendo a água em seu jardim, folhas de um arbusto próximo caíram na vasilha. Ao invés de removê-las, ele as deixou imersas na água, deixando a infusão acontecer, e bebeu o líquido. Ele gostou do sabor agradável, e tornou-se adepto do chá, declarando que seus poderes de cura eram ainda maiores.
Outro mito sobre a origem do chá conta a história de Bodhidharma, também chamado de Daruma (sim, aquele simpático rosto para o qual vocês fazem um pedido pintando um dos olhos, prometendo pintar o outro caso sejam atendidos), o monge fundador da escola japonesa do Zen Budismo. Certa vez, quando Daruma estava viajando da Índia para a China, ele parou em Canton para erguer um santuário numa caverna nas montanhas próximas à capital do Imperador Chinês Liang Wu Ti. Daruma prometeu ficar acordado e meditar por nove anos, mas ele adormeceu depois de apenas poucos anos. Quando ele acordou, ele estava tão chateado pela sua fraqueza que cortou suas pálpebras e as jogou no chão. A planta do chá logo criou raízes e cresceu no local em que suas pálpebras caíram, servindo de lembrança da fraqueza de Daruma e de seu sacrifício.
Para quem ainda desconhece, o chá é o nome da planta com a qual é feita esta famosa bebida de mesmo nome, Camellia sinesis. As bebidas feitas por infusão utilizando-se outras plantas que não sejam chá são chamadas de tisana, apesar de popularmente todas elas serem conhecidas simplesmente por chá.
O Chá Verde, o Chá Preto, Oolong, Banchá, o Chá Branco, o Chá Amarelo, dentre outros, nada mais são do que folhas de Camellia sinesis processadas de formas diferentes, a fim de conferir propriedades e sabores diversos à bebida.
No Brasil, o chá verde que é vendido por aí é o Banchá, que é produzido a partir de folhas de Camellia sinesis que permanecem por, no mínimo, três anos antes de serem colhidas. O Banchá é menos amargo do que o Sencha, o Chá Verde tradicional japonês (que é feito com folhas mais novas, sendo, portanto, amargo) e contém menos cafeína, possuindo um sabor mais fraco.
O Chá Preto (que, na verdade, é Chá Vermelho…) é produzido a partir de folhas oxidadas, enquanto o Oolong se localiza entre o Chá Verde e o Chá Preto em níveis de oxidação.
Agora que vocês já sabem a diferença, escolham seu preferido e boa meditação!
Fonte: Magia Oriental
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